A história da arquitectura moderna divide-se em dois períodos: os anos 30, durante os quais muito se teorizou e pouco se construiu, e os anos 60, durante os quais pouco se teorizou e muito se construiu. Esta alternância entre períodos de reflexão e de acção é matéria corrente na arquitectura: constrói-se a partir das ideias acumuladas durante os anos de louca actividade. Esta escola de pensamento, baseada completamente no progresso, tinha por objectivo a libertação do homem, relativamente ao seu meio físico, económico e social. A passagem de uma arquitectura elitista, para uma arquitectura de massas, o sonho de uma cidade universal, aproximou rapidamente os defensores desta escola dos movimentos intelectuais e políticos mais avançados da época. Deste modo o movimento moderno representou nos anos 30 as forças progressistas, em oposição às tendências fieis à arquitectura clássica. Esta oposição acentuou-se mais com a chegada ao poder de Mussolini, de Hitler e de Estaline. Estes ditadores rejeitaram definitivamente a arquitectura moderna e valorizaram uma arquitectura neoclássica, que queria que fosse o símbolo dos seus regimes.
Design
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Modernismo e pos-modernismo
Pós-Modernismo
O Pós-Modernismo do design gráfico é "a condição sociocultural e estética do estágio do capitalismo pós-industrial". As novas tecnologias digitais e de comunicação estão cada vez mais nos habituando a conviver com a pós-modernidade, essa era da pluralidade, da fragmentação, da heterogeneidade, da complexidade, das contradições insolúveis, das incertezas e das indecidibilidades, das simulações, da transitoriedade, da globalidade. E a prática do design gráfico, assim como a das artes visuais, tem apresentado importantes mudanças estéticas, como consequência da relatividade e variedade de estilos das manifestações visuais da nova era, que ironizam e rejeitam razões, prioridades e premissas supostamente universais dos modernistas. O pós-modernismo no design não é resultado de decisões tão arbitrárias ou anárquicas como possa parecer, pois também apresenta algumas características estéticas recorrentes, que podem eventualmente nos ajudar a mais facilmente reconhecer e melhor entender suas manifestações. A arte em geral rebela-se contra os cânones clássicos, torna-se radicalmente moderna, inventiva, estranha às tradições e ao senso comum. Começa a trilhar um novo caminho, que basicamente rejeita a história e as convenções, procurando romper com as normas consolidadas para reinventar constantemente novas regras, tentando tornar-se uma prática autónoma, individualista e redentora, que valoriza antes de tudo a singularidade do génio artístico. O artista acredita no progresso, torna-se um incansável pesquisador de possibilidades sempre inéditas de representação, cultivando uma constante insatisfação com o presente e o status quo estético de sua época. A arte moderna passa a valorizar a percepção rápida, efémera, fugaz, e a utilizar vastas manchas de cores, em detrimento da perspectiva e dos volumes definidos (impressionismo). Tendo descoberto o prazer da transgressão estética, ao flertar com impulsos subconscientes reprimidos via manifestações cromáticas selvagens (fauvismo), as artes plásticas direccionam-se gradualmente à abstracção, a transgressão máxima ao realismo. Alguns de seus artistas embriagam-se com a potência e velocidade das novas tecnologias mecânicas e eléctricas (futurismo).
domingo, 16 de janeiro de 2011
Funcionalismo do Design
O funcionalismo não é um estilo. O objectivo do funcionalismo é o de resolver problemas práticos de forma lógica e eficiente. As origens do funcionalismo podem ser encontradas no 1º sec. a . c . nas teorias do arquitecto Vitruvio baseadas na racionalidade e nos cânones da tradição Helénica .A visão funcional da arquitectura encontra-se no Renascimento (sec. XV e XVI) e na arquitectura do Neoclassicismo ( sec. XVIII e XIX).A comunidade religiosa Shaker no sec. XIX foi um marco importante do funcionalismo. Desenvolveram modelos estéticos que influenciaram o Design do nosso tempo, pois o seus artefactos continham os requisitos essenciais ao modernismo: funcionalidade, simplicidade e objectividade. Esta comunidade baseava-se no principio de fé de que "a beleza advém da prática".No inicio da revolução industrial os reformistas do movimento Artes e Ofícios defendiam uma visão funcional do design e pretendiam a produção de produtos utilitários.O arquitecto Louis Sullivan foi um dos primeiros teóricos do funcionalismo. É considerado o criador do funcionalismo do sec. XIX pois é dele a tão citada frase " A forma segue a função."Louis Sullivan promoveu uma metodologia que tinha em conta a cultura especifica , o ambiente e a região para onde o design ou edifício era criado.Seguindo o princípio, de que a forma está ao serviço da função, os artistas do movimento Moderno aliaram o funcionalismo ao racionalismo tentando criar soluções de design que se tornassem universais.O funcionalismo e o racionalismo são praticamente indestinguiveis, porque ambos propõem como base do design uma lógica de construção guiada pela tecnologia.Os designers da Werkbund; Bauhaus e do Estilo Internacional seguem a linha do funcionalismo onde a forma é funcional, racional, despojada de ornamento. os materiais, a forma são, ainda, ditados pela tecnologia e pela produção em série.
Escola Ulm
Uma das escolas Ulm mais importante foi a escola Hochschule für Gestaltung Ulm
A Hochschule für Gestaltung Ulm (Escola Superior da Forma de Ulm - escola privada) foi fundada na Alemanha em 1952 por Inge Aicher-Scholl (1917-1998), Otl Aicher (1922-1991), Max Bill (1908-1994), entre outros como homenagem aos irmãos judeus mortos pelos nazistas na 2ª Guerra Mundial, e durou até 1968. É considerada a mais significativa tentativa de se restabelecer uma ligação com a tradição do design alemão. Foi sucessora da Bauhaus por seus métodos de ensino, disciplinas lecionadas, ideais políticos e por também acreditar que o design tinha um importante papel social a desempenhar.
A didáctica da ULM
Após a frequência de um curso comum a todas as áreas - GrundKurs, espécie de Vorkus - a escola ramifica-se em dois âmbitos: Produto e Comunicação.
Inseriu novas disciplinas como a Ergonomia, a História da Cultura e a Semiótica, que caracterizam até hoje os cursos de design.Uma outra grande inovação foi a aquisição e a aplicação ao processo projectual de um método, posteriormente definido como Método de ULM: Reflexão, Análise, Síntese, Fundamentação e Selecção das alternativas.
Não havia aulas de pintura, escultura ou outras artes plásticas.
Fotografia, tipografia, embalagem, sistemas expositivos e técnicas publicitárias eram consideradas como suportes do projecto de design.
A colaboração de grupos de alunos com as indústrias começou por sensibilizar acerca do design, e a parte prática do método de ensino da escola de ULM é a colaboração com a empresa BRAUN. Max Bill, fundador e primeiro director, preocupava-se com as artes e o meio ambiente. Tomás Maldonado (argentino), segundo director da Escola de ULM, defendia a produção industrial sem preocupações pós-guerra ou ecológicas, privilegiava um design voltado para a tecnologia.
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